Vereador Jeremias Santos confirma que houve reunião entre vereadores e prefeito de Alhandra para cassar e “calar a boca” de João Sufoco

9 fev 2024 - Alhandra / Destaque

Na sessão desta quinta-feira (08), o vereador Jeremias Santos fez um pronunciamento contundente na tribuna da Câmara Municipal de Alhandra, revelando detalhes sobre o processo de cassação do colega de parlamento, João Sufoco, que não teve direito a defesa durante a sessão que lhe tirou o seu mandato.

Segundo Jeremias, a iniciativa foi articulada pelos vereadores da situação, juntamente com o prefeito e a vice-prefeita. Durante uma reunião, foi proposto cassar o mandato de João Sufoco, conhecido por suas denúncias contra a atual gestão. No entanto, Jeremias, que fazia parte da bancada do prefeito, se opôs veementemente à medida, argumentando que a melhor forma de lidar com críticas é através da transparência e boa governança, não por meio de perseguição política.

Jeremias ressaltou que foi o único a se posicionar contra a cassação, defendendo a legitimidade do mandato de João Sufoco, que foi eleito democraticamente com 528 votos. Ele enfatizou que o sufrágio universal é a essência da democracia e que retirar o mandato de um vereador eleito pelo povo é ilegal, abusivo, imoral e arbitrário.

Dirigindo-se aos seus colegas vereadores, Jeremias citou nomes como Moisés Marinho e do presidente da Casa Irmão Beto, destacando suas conexões com instituições religiosas e a importância de agir com integridade e consciência moral. Ele questionou se aqueles que votaram a favor da cassação poderiam dormir tranquilos à noite, se poderiam deitar a cabeça no travesseiro e afirmar que agiram corretamente, sem covardia ou traição.

O vereador encerrou seu discurso com uma reflexão, parafraseando o saudoso pastor Sebastião Gabriel, ao afirmar que “ninguém foge do tempo”, sugerindo que as ações realizadas naquela sessão terão consequências no futuro.

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